Putígrafo Goebbels de novo em grande

Putígrafo Goebbels de novo em grande

O Putígrafo do Observador conseguiu mais uma proeza.

Obviamente adotaram a estratégia Goebbels de “uma mentira repetida muitas vezes torna-se verdade”. Voltaram a renascer as “verdades” que os testes PCR têm valor preditivo alto/que não geram maioritariamente falsos positivos.

A lenga lenga? A mesma de sempre. Meia dúzia de “especialistas” sem qualquer formação em estatística médica, citar jornalixo atrás de jornalixo, um “especialista” cujo salário depende da venda de tais testes e está a festa feita.

A proeza? Um dos “especialistas” admite preto no branco que os testes são lixo. O putígrafo continua impávido e sereno na narrativa lambe rabos do governo e dos “especialistas”, incapazes de por o tico a falar com o teco, que matemática foi coisa para abandonar no 9º ano que “não é precisa para nada”.

Foram perguntar a Vasco Barreto, cuja carreira e financiamento da sua carreira depende de vender e “desenvolver” testes PCR. O que diz Vasco Barreto?

Mas Vasco Barreto, que trabalha num laboratório, afirma mais uma vez que essa informação não é correta porque, no seu local de trabalho, “para 42% dos testes positivos foram precisos apenas 25 ou menos ciclos e há evidência científica da alta capacidade de propagação do vírus de casos “positivos” a menos de 25 ciclos.

Vasco Barreto diz que 58% dos positivos no seu laboratório são falsos positivos. Diz que 58% dos testes precisam de mais de 25 ciclos, e que portanto detetam pessoas nem doentes nem capazes de infetar, detetam lixo, falsos positivos. Vasco Barreto diz que os testes são PIORES que lançar a moeda ao ar, menos de 50%, uns 42%.

O jornalixo não lhe pergunta “desculpe, está a dizer que manda prender 58% das pessoas durante semanas sem que representem qualquer perigo ou infeção?”.

Obviamente o laboratório de Vasco Barreto não são todos os laboratórios, mas é representativo.

Numa frase Vasco Barreto diz que tudo o que o jornalixo se esforçou por ir escolher a dedo, de outro jornalixo para fazer um favor ao que aprendeu de Goebels, é MENTIRA. Diz que a especificidade é baixissima. Que não é nada sequer remotamente próxima de 97% ou “perto de 100%” ou qualquer variante da aldrabice que contam. Diz numa frase que vê 58% de lixo.

A “evidência científica” não é de “alta capacidade de propagação do virus”. A evidência científica é de propagação pura e simples, banal. Amostras positivas acima de 25 ciclos apenas 3% a 8% das amostras são capazes de infectar in vitro! Não é de “alta capacidade” como diz o vendedor de banha da cobra Barreto, é mesmo que acima de 25 ciclos as amostras não são, em termos práticos, capazes de infectar. São falsos positivos. Abaixo de 25 ciclos são amostras de um virus banal capaz de infectar e com IFR residual igual a milhares de outros vírus.

Só esta frase, sem mais nada, só a admissão preto no branco que um laboratório nacional, que realiza milhares de testes por dia, está a condenar 58% das pessoas a quarentenas sem qualquer fundamento, que um laboratório está a roubar direitos constitucionais a 58% dos infelizes que tem um teste positivo, devia demitir toda a DGS e ministério da saúde. A admissão que milhares de pessoas viram a vida destruida por absoluta falta de qualidade e oportunismo de umas centenas de “especialistas” devia sentar todos os responsáveis no banco dos réus. Este é o escândalo que o jornalixo devia estar a escorrer centenas de páginas por dia. A imposição de medidas ditatoriais com base em alucinações laboratoriais.

Mas isto tem mais consequências, porque as afirmações de Vasco Barreto só cobrem uma faceta dos falsos positivos. Os falsos positivos clínicos, por falta de relevância clinica da presença de vírus. É que também temos de levar em conta as implicações da prevalência baixissma da infeção, e da destruição do valor preditivo positivo por via do Teorema de Bayes. Se 58% dos positivos são falsos positivos clinicos, com elevado número de ciclos, significa que a especificidade “perto de 100%” ou “altissima” não é compatível com tais afirmações. Se não é compatível, é muito mais baixa: 90%, 80%? talvez. Ninguém sabe, nunca ninguém aferiu tais testes e publicou resultados, obscurantismo medieval.

Com especificidade de 90% e prevalência de 0,1%, como tem sido encontrada com testes LFT, o valor preditivo positivo do teste desaparece por completo. Os 42% que Vasco Barreto mediu como positivo, são eles próprios (quase)  todos contaminações, erros de equipamento, falhas de calibração, mil e uma razões que levam a falsos positivos em qualquer teste.

Ninguém pára e questiona este circo. O jornalixo nem questiona conflitos de interesse aberrantes como os de Vasco Barreto, e usa a sua opinião como fundamento para “fact checks” fantasiosos cujo resultado decidiram antes. Nem com afirmações deste calibre se dignam a questionar o que escrevem.

Durante 8 meses eu e dezenas de outras pessoas tem solicitado junto de toda a cadeia de decisão desta irracionalidade dados relativos a estes aspectos. A especificidade dos testes, número de ciclos, aferição dos testes, protocolos de qualidade. Nunca respondem. Quando o INSA respondeu, uma única vez, apresentou aberrações como “a especificidade é muito próxima de 100%” e “acima de 95%”. Só se vão conhecendo dados quando os “especialistas” escorregam e deixam fugir a verdade debaixo dos pés.

Em jeito de cereja em cima do bolo, diz a jornalista sobre si que

“a nossa missão é contar as histórias de outros. E quando essas histórias exigem rigor, isenção e independência do seu “contador”.

Eu diria que falta ali um carochina em “contar as histórias da carochinha de outros”. Quanto a rigor, isenção e idependência, é esta frase um contar de histórias ela própria, de propaganda.

Fact Check. Testes PCR dão 80% de falsos positivos?

 

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