Perguntas Frequentes

Sobre André Dias

É epidemiologista?

Não.
Nunca em momento algum afirmei ser epidemiologista ou equivalente. Usei sempre uma expressão factualmente correta “tenho formação em epidemiologia”, por via de projetos e publicações revistas por pares em Epidemiologia.
Durante o desenvolvimento do meu doutoramento trabalhei no IMSE – Instituto de Estatística Médica e Epidemiologia da Universidade Técnica de Munique (TUM) e em colaboração com o Instituto de Epidemiologia do Helmholtz Geselschaft Munique. Os projetos que colaborei e cujos resultados publiquei nessa fase foram todos de estudo populacional e epidemiológico. O Helmholtz é uma instituição de referência mundial em bio medicina, e colaborei no projeto Kora-Age um dos maiores estudos epidemiológicos do mundo. Recebi formação de estatística médica e epidemiologia em Universidade de Cambridge, Imperial College Londres, Philips, Universidade de Washington, Universidade de Oslo, Universidade de Aalborg.

Durante a estadia no IMSE, por ter sido exatamente no desenrolar da pandemia de Gripe A, e por ter condições de liberdade cientifica total, participei em inúmeros seminários, conferências, formações sobre a referida Gripe A na própria TUM e no seu hospital Klinikum Recths der Isar (KRI). O medo que senti nesse período e a compreensão e estudo com alguns dos melhores epidemiologistas do mundo deu-me uma “vacina” contra o medo quando o mundo embarcou na histeria coletiva covid-19. Todo o caos e mentiras do período inicial da pandemia apenas me levantaram recordações de uma abordagem igualmente absurda.

Todos os dados iniciais com que nos bombardearam sobre perigosidade, mortalidade, contágio eram claramente e objetivamente ruído estatístico, como são em todas as epidemias.

As minhas publicações cientificas são públicas, bem como a minha tese de PhD.
Uma seleção das publicações mais relevantes

Tese: https://munin.uit.no/bitstream/handle/10037/6378/thesis.pdf?sequence=4&isAllowed=y

Publicação basilar do projecto Kora-Age: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/22270973/

https://link.springer.com/article/10.1186/1479-5868-11-28
https://push-zb.helmholtz-muenchen.de/frontdoor.php?source_opus=31096&la=de
https://push-zb.helmholtz-muenchen.de/frontdoor.php?source_opus=30720&la=de
https://push-zb.helmholtz-muenchen.de/frontdoor.php?source_opus=11438&la=de
https://push-zb.helmholtz-muenchen.de/frontdoor.php?source_opus=11745&la=de

Perigosidade da covid-19

Somos todos vulneráveis ao SARS cov 2?

Há uma fatia muito significativa da população – de 30% a 80% – que tem imunidade inata e cruzada ao vírus. Ou seja, porque o próprio sistema imunitário consegue combater o vírus com mecanismos “básicos”, as células T um tipo de glóbulo branco ou porque já tem anticorpos de outras infeções capazes de combater este vírus.
Regra geral o nosso sistema imunitário consegue combater muitos patogénios por defesa genérica, por ser capaz de reconhecer algo como patogénico e atacar com células que produz sempre e em quase todas as pessoas. Chamada imunidade inata. Há indícios fortíssimos que uma percentagem muito grande da população, em especial aqueles que não tem doenças que enfraqueçam a imunidade, tem essa capacidade e lida com este vírus como lida com milhares de outras ameaças.
Há também indícios muito fortes que uma elevada percentagem de pessoas desenvolve anticorpos para combater outros corona vírus – que são muito comuns e causa a constipação – que são também capazes de combater este novo corona vírus.
https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2020.11.03.367375v1?

Ao contrário da narrativa inicial e dominante, não somos todos suscetíveis nem “não há imunidade” a este vírus. As previsões catastrofistas que seria preciso deixar infectar 70 ou 80% da população e que isso levaria a X mortos é absoluta fantasia macabra de quem preferiu deitar o conhecimento de séculos de clinica e epidemiologia na sanita.

A doença é perigosa?

A forma mais objetiva de medir e aferir a perigosidade, o impacto de uma doença é através da mortalidade total. Só há perigo real se uma doença estiver a causar mais mortos que o normal, que cause impacto na sociedade de forma objetiva. Todos os outros impactos podem ser geridos de formas racionais, só a mortalidade é um impacto final irreversível.
A mortalidade em todos os países do mundo está em níveis normais ou apenas ligeiramente superior à média.

O site euromomo.eu agrega a mortalidade da maioria da população europeia, mas não toda, e as tendências anuais são cristalinas. O padrão de mortalidade está em níveis banais em todas as perspetivas. Não há mortalidade acrescida.

A doença é perigosa?

Embora o pico de mortalidade em Março seja mais alto a “altura” do pico nada importa porque o total de mortos é dado pela área definido pela curva acima da média. O pico “alto” só indica algo anormal na rapidez de morte, e mais de metade da amplitude do tamanho desse pico não é covid-19, os números totais de covid não desenham tal curva, sensivelmente 50% do pico em 2 semanas é por outras causas: medidas nunca testadas de medo, pela “libertação de camas” de hospitais para lares, para preparar para o que nunca veio.

A área da curva, a totalidade de mortos este ano está muito abaixo de 2014-15 na mesma população euromomo/europeia. Só nessa época de gripe na area morreram sensivelmente 215 000 pessoas por gripe. Nem perto nem longe a covid causou tal mortalidade na primavera. As mortes atribuídas no outono e inverno de 2020 a covid-19 não podem ser comparadas depois com a época de gripe, são de uma nova época de gripe 20-21.

O site apresenta um gráfico de mortalidade em excesso por ano que apresenta uma curva anormal para 2020 e que tem sido usado para vender medo que é anormal. O total desse gráfico 2020, é uma vez mais, equivalente à época de gripe de 2017-18. Mas o gráfico da época de gripe fica partido entre dois anos civis e não cresce tanto como este ano. O facto de o gráfico de 2020 subir ligeiramente apenas indica que a mortalidade banal atribuída a uma época de gripe acontece mais tarde, em Março, que as pessoas vulneráveis viveram mais 3 meses que o que seria “normal”. Basta somar a linha de 2018 a amarelo com a subida da “ponta final” em 2017 para se comparar com a linha azul até março com a “ponta final” da linha cinzenta 2019 para perceber que são grandezas de mortalidade exatamente iguais.

A doença é perigosa?

Acresce-se que na esmagadora maioria dos países da área euromomo, a mortalidade associada à época gripal foi muito baixa nas duas ultimas épocas. Basta recordar 204-15 com 215 000 mortos. Ao haver uma mortalidade muito baixa em dois anos seguidos é natural que qualquer infeção cause mortalidade ligeiramente acrescida por haver um acumular de pessoas vulneráveis durante esses invernos. Este efeito é cristalino nos gráficos da Suécia.

 

A mutação que apareceu em Inglaterra poderá ser uma hipotética variante adaptada à vacinação lá ministrada?

A mutação não aparece no UK. A mutação foi detectada no UK. A Dinamarca, Holanda e Africa do Sul já confirmaram que a tem desde Setembro. Apenas foi detectada “primeiro” no UK por terem muita capacidade de sequenciação genética e só saltou para a ribalta por razões politicoas, pela mão do mentiroso Neil Fergunson e conivencia util do proprio governo.

Qual a razão da Bélgica ter uma mortalidade covid tão elevada?

A mortalidade total da Bélgica, sem olhar à causa oficial, a mortalidade por todas as causas está em níveis normais para uma época de gripe, como esteve em Março.
Isto é facilmente visível no euromomo.org, tendo em conta que o que importa não é a altura do pico, mas sim a área descrita pela curva. Um pico alto mas breve não representa mais mortalidade que um pico mais baixo mas muito longo. Os picos de 2020 ainda que altos são muito breves, logo no total um número total de mortos mais ou menos normal.

Qual a razão da Bélgica ter uma mortalidade covid tão elevada?

Adicionalmente os gráficos do euromomo são Z-score que inflacionam a representação gráfica da mortalidade mais cedo ou mais tarde na época de gripe.

A mortalidade “por covid” na Bélgica como em todo o lado é atribuída por testagem PCR. Como sabemos o valor preditivo positivo de tais testes é muito baixo por haver uma prevalência muito baixa. Bastam pequenas diferenças de critério de teste entre países, como mais testes a pessoas sem sintomas ou critério clinico de suspeita de doença, para aumentar logo o número de falsos positivos e logo de pessoas com morte “atribuída burocraticamente” a covid.

Já a mortalidade total em Portugal, por todas as causas, está em níveis altíssimos e chocantes. Facilmente visivel no euromomo com uma curva acima da média durante muito tempo.

Gestão Covid19

Estamos a cuidar de quem precisa?

O grupo mais afetado – ou o único grupo afetado de forma relevante – são os idosos. Todos os esforços de contenção do impacto do vírus deviam focar-se exclusivamente na proteção e promoção de saúde desse grupo, do grupo acima dos 65 anos.
A esmagadora maioria da mortalidade associada ao vírus está nesse grupo em especial em lares de idosos. O caso de Reguengos de Monsaraz é paradigmático do colapso total de cuidados aos lares. Pessoas vulneráveis que deviam ser o foco exclusivo de qualquer medida na verdade foram deixadas a morrer, por SEDE!

Praticamente todas as medidas tomadas exageram o risco para este grupo. A ideia absurda de confinar pessoas saudáveis apenas por uma suspeita ou um teste positivo leva ao colapso de cuidados em lares e hospitalares, precisamente aqueles que mais importância tem para o grupo mais afetado. Milhares de enfermeiros, médicos e funcionários deixaram de trabalhar durante semanas ou meses unicamente porque tiveram em contacto com uma pessoa ou porque tiveram um teste positivo – um teste de péssima qualidade. Isso cria destabilização e colapso da prestação de cuidados e causa mortes evitáveis. Não é o vírus que mata, é a falta de cuidados por causa do medo do vírus.
Não há qualquer fundamento cientifico para considerar como infeciosas ou perigosas pessoas saudáveis, sem sintomas, apenas porque estiveram num local ou tem um teste positivo.

 

Como poderiam ser protegidas as pessoas em risco, nomeadamente as que estão nos lares ?

Com medidas muito simples e conhecidas há séculos

  1. Pessoas com sintomas ou diagnóstico confirmado não podem cuidar de pessoas em risco
  2. Pessosa em lares com sintomas são isoladas enquanto os sintomas durarem
  3. Higiene das mãos de funcionários, cuidadores e das próprias pessoas em risco
  4. Prestação de cuidados de saúde GARANTIDA sem interrupções por acções de pâncio e quarentenas de funcionários e prestadores de cuidados apenas porque tem testes positivos, sem sintomas
  5. Apoio continuado a pessoas já de si muito vulneráveis e muitas delas em situações de exclusão social, com debilidades de sáude mental quase universais a quem a falta de carinho e contacto exagera e desequilibra as doenças existentes
  6. Se existir um surto de uma infecção respiratório relevante e confirmado clinicamente – excluindo “confirmações” apenas por teste – considerar o uso de máscaras FFP2 pelos cuidadores e visitas. Unica e exclusivamente.
  7. Se for fundamental a continuação da prestação de cuidados por pessoas sintomáticas devem usar máscaras FFP2 ou superior e assegurar higiene de mãos absolutamente estrita. Nunca se deve reduzir a prestação de cuidados por haver infeção – se tal infeção não causar sofrimento ao cuidador  – é preferivel ter cuidados com algum risco acrescido de infeção que o abandono generalizado que assistimos. A solidão mata mais que uma infeção desta natureza.
Porque colapsam os hospitais?

Normalmente, os hospitais funcionam muito próximo ou com sua capacidade máxima no inverno. A única maneira de ser sustentavél é por um fluxo cuidadosamente coreografado de pacientes desde a admissão nas enfermarias até a alta. Este fluxo foi interrompido:

1. Os gestores de camas, que organizam o fluxo, costumavam preocupar-se apenas se o paciente era do sexo masculino ou feminino ou precisava de um quarto separado para evitar a propagação de outras doenças infecciosas. Agora precisam tentar manter os pacientes com diagnóstico de Covid separados daqueles com suspeita de Covid e daqueles sem. Isso destrói hospitais. Nada tem a ver com o virus, apenas com regras burocráticas estupidas de gerir uma gripe como ébola.

2. Em alguns hospitais, os pacientes não tem alta até que o teste de Covid seja negativo. É evidente que devolver os pacientes aos lares de idosos durante o período que são infeciosos seria uma má ideia, mas esta regra até teste negativo não é justificável. Alguns pacientes continuam com o teste PCR positivo por 90 dias após a infecção. Nda disto tem a ver com o virus, apenas paranoia e deitar séculos de clinica ao lixo.

3. O teste de PCR levou a uma crise de pessoal, já que mesmo funcionários assintomáticos são obrigados a isolar-se por duas semanas, com 12% dos funcionários ausentes na Inglaterra por exemplo, quando normalmente seriam 4%. Nada disto tem a ver com o virus, apenas paranoia de profissionais que escolheram a profissão livremente e que agora recusam o risco inerente.

4. As equipas tem que trabalhar com EPI e trocá-lo entre os pacientes, adicionando uma carga adicional significativa a uma carga de trabalho já pesada. Nada disto tem a ver com o virus, apenas paranoia de profissionais que escolheram a profissão livremente e que agora recusam o risco inerente.

Nunca se viu nada assim?
(Por Fernando Verissimo Cardoso)
A actual situação nos hospitais portugueses exije preocupação para os doentes internados e para quem tem que trabalhar com eles sobretudo pela falta de recursos humanos, situação já conhecida no SNS.
Isto não me parece discutivel.
A situação torna se mais complicada devido aos protocolos de isolamento pelo sars cov 2 e equipamentos de proteção a usar pelos profissionais.
Como estes doentes não podem ficar nas urgências, nos corredores ou em enfermarias de outras especialidades como acontecia nos anos anteriores com as infeções respiratórias, são internados em enfermarias dedicadas.
O foco passou das urgências, corredores e enfermarias gerais para as enfermarias dedicadas.
“cansaço, burnout, falta de camas, falta de profissionais, médicos a assinar termos de responsabilidade para não ter consequência por trabalhar sem condições de segurança, o caos nas urgências, corredores e enfermarias”
Tudo como nos anos anteriores. Como é possível esquecer tudo isso? Sempre vivemos e lidamos com isto. Infelizmente. Enquanto não se investir no SNS teremos sempre esta realidade assistencial.
A solução é contratar mais profissionais para o sistema de saúde, pois nada disto é novo.
Apenas o desempenho dos profissionais de saúde, nesses contextos maus, manteve o SNS vivo.
2014
2015
2016
2017
2018
2019
2020
O medicamento X é eficaz?

Não tenho formação em estatística de ensaios clínicos para em consciência e ética analisar resultados de ensaios de diversas drogas para covid-19.

Por isso nunca escrevi ou irei escrever sobre medicamentos e tratamentos, ainda que tenha opinião pessoal sobre alguns dos estudos e resultados conhecidos.

A Suécia tem muitos mortos? Tem mais que os outros nórdicos?

A Suécia tem mortalidade perfeitamente banal no ano 2020.

Se usarmos a métrica mais objectiva e não sujeita a manipulação e critérios burocráticos, a mortalidade total por todas as causas, corrigida ao ligeiro aumento da população Sueca, temos que 2020 terá uma das mortalidades totais mais baixas da ultima década. Neste gráfico fica cristalino, com dados oficiais. Mesmo que existisse um aumento brutal em Dezembro 2020 – que não está a acontecer – seria impossivel a mortalidade ainda chegar aos niveis de 2010. Os anos no gráfico estão invertidos, direita para  a esquerda. 2020 só tem dados até semana 50 do ano, restam 2

A Suécia tem muitos mortos? Tem mais que os outros nórdicos?

Os gráficos Z-score do euromomo.eu, também demonstram a banalidade da mortalidade no país. Atenção que são Z-score, não são valores absolutos. Vemos que no inicio de 2020 o pais tinha mortalidade baixo da média, teve uma subida em Março e esteve sempre abaixo da média no verão. A subida no outono é imperceptivel. No total todas estas subidas e descidas anulam-se e a mortalidade ficará em valores triviais abaixo de 100 000 mortos em 2020. O pico da primavera foi muito alto mas muito curto e logo em termos absolutos – de area- é compensado pela baixa mortalidade durante muitos meses do ano. Esencialmente as pessoas vulneraveis morreram em Março, porque “acumularam” em janeiro e fevereiro, e depois do impacto não havia tantas pessoas vulneraveis para morrer no verão. Normal, natural.

A Suécia tem muitos mortos? Tem mais que os outros nórdicos?

Neste gráfico vemos apenas 2020

A Suécia tem muitos mortos? Tem mais que os outros nórdicos?

 

Quando comparado com outros países nórdicos, a Suécia não se distingue em termos de medidas tomadas. Se é verdade que os outros nórdicos, como Noruega, Finlandia, Dinamarca tomaram as mesmas medidas irracionais que o resto da Europa, rapidamente a Noruega e Finlândia aprenderam e recusaram tal suicidio depois de Maio. No Outono Noruega, Finlância e Estónia não tem qualquer medida relevante. Apenas recomendações sem qualquer obrigação e sem qualquer real adesão popular. Apenas há restrições ou obrigação de quarentena a viajantes de paises listados. Nem sequer há obrigação de quarentena a pessoas infectadas.

Ainda que a Noruega e Finlandia tivessem menos “casos” atribuidos a covid durante a primavera, podemos ter a certeza que não se deve a medidas tomadas ou não tomadas. Apenas à evolução natural da infeção, como sempre acontece em todas as épocas de gripe onde paises vizinhos tem variações entre eles muito significativas.

https://www.fhi.no/en/id/infectious-diseases/coronavirus/

Practical Information for Travelers to Finland during Corona Pandemic

Tal como a Suécia durante  o ano todo, também esses paises não apresentam qualquer mortalidade acrescida no Outono. Sendo que a Finlância apresenta mortalidade abaixo da média muito significativa.

A Suécia tem muitos mortos? Tem mais que os outros nórdicos?

A Suécia tem muitos mortos? Tem mais que os outros nórdicos?
Qual a importância das crianças na criação de imunidade de grupo?

São essenciais. Por não sofrerem com a infeção de forma relevante são essenciais na imunidade. Ao desenvolverem imunidade passam a ser uma barreira à transmissão do virus, são como que aspiradores de virus do ambiente que absorvem e destroem. Reduzem portanto a carga de virus disponivel para infectar outras pessoas vulneráveis. Tudo isto é o cerne da great barrington declaration e mais de um século de conhecimento epidemiológico. Deixar quem não sofre infectactar-se para criar barreira e de facto proteger quem precisa. Ao “proteger” tudo com confinamentos absurdos está-se apenas a dar mais tempo e capacidade social do virus atingir os que morrem com ele.

Não há qualquer prova factual de infeção relevante de crianças a adultos nos locais onde as escolas sempre estiveram abertas e.g. Suécia e Carolina do Norte.

Estudos Covid19

Medidas Legislativas

Qual a base legal para quarentena?

Não há qualquer base legal possível para quarentena de pessoas com testes positivos a SARS cov 2 em Portugal.
O artigo 27 da Constituição é cristalino:

Todos têm direito à liberdade e à segurança.
2. Ninguém pode ser total ou parcialmente privado da liberdade, a não ser em consequência de sentença judicial condenatória pela prática de ato punido por lei com pena de prisão ou de aplicação judicial de medida de segurança.
3. Excetua-se deste princípio a privação da liberdade, pelo tempo e nas condições que a lei determinar, nos casos seguintes:
……
h) Internamento de portador de anomalia psíquica em estabelecimento terapêutico adequado, decretado ou confirmado por autoridade judicial competente.

Não há qualquer justificação possível para retirar a liberdade a portador de qualquer doença que não seja psiquiátrica.

Os tribunais de primeira e segunda instância têm sido também cristalinos no seu entendimento, foram aceites vários pedidos de habeas corpus – de libertação de prisão ilegal – por manifesta inconstitucionalidade da medida. O tribunal da relação de Lisboa foi mais longe ao confirmar um pedido de Habeas Corpus nos Açores e no acórdão citar não só o artigo 27 da constituição, mas ao citar também que apenas médicos podem fazer diagnóstico – nunca um mero teste positivo – e que a prova científica que apontam para a falta de qualidade do teste PCR para SARS – Cov – 2 ser manifesta.

Testes PCR e testes rápidos

Os testes PCR de detecção de SARS cov 2 são fiáveis?

Não, de forma alguma.

Devido à baixíssima prevalência da infeção, abaixo de 0,7%, o valor preditivo positivo dos testes é residual, quase nulo.
O número de falsos positivos é esmagador em tais condições, atingindo 90% de falsos positivos, ou seja, o valor preditivo positivo é apenas 10%. Perante um teste positivo a probabilidade de não ter doença é de 90%. Com testagem em larga escala, em rastreio, com 20, 30 ou 50 000 testes por dia em Portugal, estamos a causar a destruição social e económica a milhares de pessoas todos os dias que não tem, não tiveram nem terão qualquer infeção.

O British medical journal, uma das referências mundiais em medicina, publicou um simulador excelente. Com a prevalência mínima que o simulador aceita, 1%, ainda que muito acima da prevalência real na população e especificidade de 97% – mais elevada que os valores aceites pelo infarmed – 75% dos resultados positivos são falsos.
https://www.bmj.com/content/369/bmj.m1808

Um consórcio de cientistas com extensão experiencia em biologia molecular e laboratorial reviram e pedem a retração do protocolo de teste PCR publicado em Janeiro por Drosten et al por manifesta falta de qualidade e conflitos de interesse gigantescos.
https://cormandrostenreview.com/report/

A comparação de testes PCR com o o gold standard/padrão de ouro de cultura do vírus em vitro encontra pouquíssima correlação entre teste positivo PCR e capacidade de o vírus se replicar logo de causar infeção.

Numa comparação de PCR com amostras previamente identificadas como positivas e negativas, dois dos protocolos de teste usados obtiveram resultados positivos em TODAS AS AMOSTRAS NEGATIVAS. Isto é um nível de qualidade inaceitável, vergonhoso, no limar de criminalidade por fraude cientifica.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7355678/

O que é um teste PCR?

PCR significa Polymerase chain reaction. Reacção em cadeia de poliomerase.

É um teste laboratorial de complemento de diagnóstico que detecta pequenas particulas genéticas de interesse.

Uma amostra do doente é levada para laboratório e em equipamento relevante é sujeita a um processo de multiplicação/cópia/replicação de sequencias geneticas relevantes, usando quimicos/reagentes especificamente desenvolvidos para multiplicar essas sequencias especificas. A multiplicação é feita em ciclos e a cada ciclo, teoricamente, duplica a quantidade de tais sequencias presentes na amostra. Ao fim de X ciclos de multiplicação aplicam-se então quimicos capazes de detectar essas sequencias em quantidades altas.

As sequencias a multiplicar tem de ser especificas dos virus ou patogénios de interesse. Para tal é preciso conhecer a sequencia genetica do que se está a procura, é preciso conhecer a “assinatura” do virus.

O número de ciclos, os reagentes usados, a calibração do equipamento de replicação são tudo factores cruciais na qualidade do teste. Um equipamento mal calibrado ou com uma avaria pode multiplicar muito mais ou muito menos uma determinada sequencia. Um reagente de má qualidade ou contaminado pode replicar a sequencia errada. O número de ciclos pode multiplicar quantidades de material genético sem relevancia clinica ao ponto de ser detectável mas que não representa qualquer perigo para o sistem imunitário que consegue combater tais quantidades residuais de infecção.

Os laboratórios de PCR devem ser locais com elevadissimo controlo de qualidade e com medidas ambientais fortissimas. Qualquer fonte de contaminação tem potencial para destruir milhares de amostras porque quantidades muito pequenas de “contaminante” numa amostra são amplificadas pelo próprio processo PCR e detectadas no passo final.

O que são ciclos dos testes PCR?

Os testes PCR – https://andre-dias.net/faq/o-que-e-um-teste-pcr/– são desenvolvidos num laboratório/instituto/universidade para um determinado vírus. Os cientistas de desenvolvimento devem recolher um número de amostras garantidamente positivas e negativas e repetir o teste PCR com diversos protocolos/passos de testagem até encontrarem os parâmetros e valores que assegurem os melhores resultados.
Devem definir as temperaturas de processamento das amostras, as diluições, os limiares de deteção para ser positivo e devem também definir quantos ciclos de multiplicação/replicação do material genético devem ser feitos.

A cada ciclo a quantidade de material genético duplica e no fim usa-se um reagente para detetar esse material.

Se o número de ciclos de amplificação for muito baixo no passo final o reagente não deteta nada, porque não há quantidade suficiente de material replicado. Se o número de cíclicos for demasiado elevado o reagente irá detetar material que “não existia” em quantidade relevante na amostra do doente mas que foi multiplicado tantas vezes que passou a ser detetado.

Para se saber se o material detetado com determinado protocolo/passos de um teste representa uma infeção, podemos usar a amostra do doente, fazer o teste PCR e obter o resultado e ao mesmo tempo colocar a amostra em cultura in vitro, tentar infecta com a amostra algumas células. Se o teste PCR indicar positivo e as células não apresentarem qualquer sinal de infeção ao fim de algum tempo, sabemos que o PCR provavelmente amplificou demasiado e detetou material que já não representa vírus capazes de causar doença.

Vários estudos indicam que acima de 35 ciclos de amplificação os resultados positivos são apenas em 8% dos casos para amostras capazes de infetar. Ou seja, são positivos para material genético incapaz de infetar – ou contaminação da amostra ou do próprio reagente – são positivos sem valor clinico.

O que são ciclos dos testes PCR?
O que são os conceitos de especificidade, prevalência, e outros relevantes?
Os testes PCR são repetidos 3 vezes? Isso impede falsos positivos

Alguns protocolos de teste PCR, mas não todos, levam à repetição do ensaio 3 vezes. Não é o teste como um todo que é repetido, é apenas o ensaio PCR, apenas a coloção da amostra no equipamento e leitura de um resultado que é repetido.
Mas isso não altera a percentagem de falsos positivos.

O protocolo como um todo, seja 1, 2,3 ou 30 repetições do ensaio, tem uma sensibilidade e especificidade publicada pela laboratório. O conjunto de todos esses ensaios e procedimentos tem especificidade do teste de 97% – não sabemos ao certo a especificidade, há um obscurantismo total sobre tais valores, nem INSA, DGS, Min Saude publicam dados sobre tal quando pedido. Sobre essa especicificidade então aplicamos o teorema de Bayes e com prevalência de 1% temos que 75% dos positivos são falsos.
Portanto o número de ensaios não é relevante porque já está incluido nas estimativas de especificidade do teste que depois são usadas para estatistica de testes com base em prevalência, usada no cálculo de valor preditivo positivo do teste.

Haveria relevância se o teste como um todo, desde a recolha até ao resultado final com especificidade 97% fosse repetido. Aí sim, haveria mutliplicação das probabilidades e redução da margem de erro. Isso sim seriam testes INDEPENDENTES.

O problema essencial é que uma das maiores fontes de erro é a contaminação de amostras, reagentes e equipamento.
Ao fazer três repetições do teste com a mesma amostra, no mesmo equipamento, mesmo laboratório e com mesmos reagentes não se elimina a maior fonte de erro. Para tal é fundamental fazer variar pelo menos dois factores:

  • Amostra diferente em local de recolha diferente
  • Amostra diferente em momento diferente
  • Teste em laboratório diferente
  • Teste com técnica laboratorial diferente

Quando o mesmo laboratório repete um ensaio sobre a mesma amostra, não está a variar nada de significativo e portanto não são eventos estatisticamente independentes.

Portanto, não, a percentagem de falsos positivos é dantesca. Rondará mais de 90% porque a prevalência é baixissima, residual, irrelevante. Abaixo de 0,1% como comprovado por testes LFT na Eslováquia, em Liverpool, nas universidade britanicas e pelo estudo de serologia do IMM que encontrou apenas 2% de anticorpos acumulados ao longo de vários meses.

Como é que a prevalência pode ser 0,1% se temos 10% de testes com resultado positivo?

Durante alguns periodos de tempo a percentagens de testes totais que dá resultado positivo ronda os 10%.

Mas a % positividade de um teste não pode ser usada para aferir a qualidade do próprio teste. Não se pode usar um resultado isolado de um processo para averiguar a qualidade do próprio processo, sem o comparar com outro processo reconhecido e aferido. A percentagem de positividade do teste é altamente influenciada pela margem de erro do próprio teste.

A % positividade sobe em correlação fortissima com o número de testes. O número de testes é um factor determinante na qualidade de execução do teste e logo da percentagem de falsos positivos.  Ao aumentar o número de testes, tem que ser processadas muito mais amostras, mais rapido. Os laboratórios sofrem de problemas gravissimos de qualidade como tem sido reportado sistematicamente no UK. Em Portugal não há sequer certificação de laboratórios, foi suspensa por decreto lei https://dre.pt/web/guest/pesquisa/-/search/143067732/details/maximized

A % positivos e o número de casos correlaciona fortemente e em exclusivo com o número de testes, e tem uma correlação baixissima com a mortalidade total (não com a mortalidade covid atribuida ela também pelo teste). Isso indicia com muita certeza que é um factor interno do próprio teste que dita essa correlação – a especificidade – e não um factor biológico que levaria a consequencias como a morte de mais pessoas.

A prevalência só pode ser calculada ou estimada por métodos independentes do método que queremos aferir. Para que seja independente. Os métodos possiveis de aferir a prevalência são

  • Sintomas clinicos
  • Testes de natureza técnica diferente
  • Combinação de ambos

Ora sabemos que 97% dos “casos” reportados por PCR não tem sintomas clinicos. Isto é um indicador fortissimo que a prevalência é baixissima.

Os testes LFT, chamados testes rápidos, que teoricamente tem uma especificidade mais elevada – menos falsos positivos – encontram prevalências residuais. Na Eslováquia em redor de 0,4% e foi testada uma fatia muito significativa da população, em Liverpool 0,1% e nas universidade Britânicas prevalências de 0,01%. Mais recentemente os caminionistas retidos em Kent também com prevalências da mesma ordem de grandeza. Por se tratar de um teste de tecnologia diferente – ainda que sem aferição conhecida – já é “aceitável” usar para aferir outros testes.

Adicionalmente os estudo de serologia do IMM em Portugal encontrou apenas 1,9% de anticorpos. Se dividirmos essa percentagem pelas semanas desde supostamente circula, os anticorpos ficam ao longo do tempo, obtemos prevalencia da infeção a cada momento na ordem dos 0,01%.

Vacinas Covid19

As vacinas vão ser a solução?

Talvez. Talvez sejam capazes por efeito placebo parem a histeria coletiva. Unicamente.
Os ensaios clínicos, que não estão terminados nem estarão até ao final de 2021, não apresentam qualquer força estatística para as afirmações mirabolantes de 90% de efetividade. Pura e simplesmente não é possível fazer tal afirmação de efetividade com qualquer validade estatística nesta fase dos ensaios, muito menos com os números de sujeitos e infeções detetadas.

 

86 anos deve ou não deve tomar a vacina? Colocando de outra forma a questão: o que sugeria à sua avó?

Relativamente à vacinação, uma questão muito simples e directa, se puder responder: a minha avó tem 86 anos, e até este ano sem patologias e toma de qualquer medicação (um caso raro, diria 🙂 ). Agora tem arritmia e já está medicada para essa condição- deve ou não deve tomar a vacina?Colocando de outra forma a questão: o sugeria à sua avó?

Não. Perante as recentes recomendações da autoridade do medicamento Norueguesa, um dos países capaz de lidar com isto cientificamente, não, não recomendo.

Máscaras & Confinamentos

O uso de máscara reduz a infecção?

Não.

O único estudo RCT Random Control Trial, teste com controlo aleatório, o suprassumo de estudos empíricos, realizado na Dinamarca com vários milhares de participantes não encontrou qualquer efeito nas taxas de infeção do uso de máscara na rua.
À altura da imposição de uso generalizado em diversos países não havia – nem há – qualquer efeito comprovado do uso de máscaras na comunidade. A própria OMS não reconhece qualquer efeito, apenas faz recomendações à posteriori depois de vários países terem iniciado tal decisão política.