A doença é perigosa?

A forma mais objetiva de medir e aferir a perigosidade, o impacto de uma doença é através da mortalidade total. Só há perigo real se uma doença estiver a causar mais mortos que o normal, que cause impacto na sociedade de forma objetiva. Todos os outros impactos podem ser geridos de formas racionais, só a mortalidade é um impacto final irreversível.
A mortalidade em todos os países do mundo está em níveis normais ou apenas ligeiramente superior à média.

O site euromomo.eu agrega a mortalidade da maioria da população europeia, mas não toda, e as tendências anuais são cristalinas. O padrão de mortalidade está em níveis banais em todas as perspetivas. Não há mortalidade acrescida.

Embora o pico de mortalidade em Março seja mais alto a “altura” do pico nada importa porque o total de mortos é dado pela área definido pela curva acima da média. O pico “alto” só indica algo anormal na rapidez de morte, e mais de metade da amplitude do tamanho desse pico não é covid-19, os números totais de covid não desenham tal curva, sensivelmente 50% do pico em 2 semanas é por outras causas: medidas nunca testadas de medo, pela “libertação de camas” de hospitais para lares, para preparar para o que nunca veio.

A área da curva, a totalidade de mortos este ano está muito abaixo de 2014-15 na mesma população euromomo/europeia. Só nessa época de gripe na area morreram sensivelmente 215 000 pessoas por gripe. Nem perto nem longe a covid causou tal mortalidade na primavera. As mortes atribuídas no outono e inverno de 2020 a covid-19 não podem ser comparadas depois com a época de gripe, são de uma nova época de gripe 20-21.

O site apresenta um gráfico de mortalidade em excesso por ano que apresenta uma curva anormal para 2020 e que tem sido usado para vender medo que é anormal. O total desse gráfico 2020, é uma vez mais, equivalente à época de gripe de 2017-18. Mas o gráfico da época de gripe fica partido entre dois anos civis e não cresce tanto como este ano. O facto de o gráfico de 2020 subir ligeiramente apenas indica que a mortalidade banal atribuída a uma época de gripe acontece mais tarde, em Março, que as pessoas vulneráveis viveram mais 3 meses que o que seria “normal”. Basta somar a linha de 2018 a amarelo com a subida da “ponta final” em 2017 para se comparar com a linha azul até março com a “ponta final” da linha cinzenta 2019 para perceber que são grandezas de mortalidade exatamente iguais.

Acresce-se que na esmagadora maioria dos países da área euromomo, a mortalidade associada à época gripal foi muito baixa nas duas ultimas épocas. Basta recordar 204-15 com 215 000 mortos. Ao haver uma mortalidade muito baixa em dois anos seguidos é natural que qualquer infeção cause mortalidade ligeiramente acrescida por haver um acumular de pessoas vulneráveis durante esses invernos. Este efeito é cristalino nos gráficos da Suécia.