O Jornalixo a ditar a verdade, era coisa do passado. Mas ainda não perceberam

O Jornalixo a ditar a verdade, era coisa do passado. Mas ainda não perceberam

Hoje parece que o dia vai ser passado a por poios em peças de jornalixo. Isto meus caros, é o nivel que  milhões compram e alimenta a narrativa de destruição. Estagiários donos da verdade.

“É mais provável morrer atropelado [do que por covid-19] e eu não deixo de atravessar a estrada todos os dias.”

Esta é falsa em termos de números, pelo menos. Segundo os dados de 2020, disponibilizados pela Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, em 2019 morreram 626 pessoas nas estradas portuguesas ao longo de doze meses, em Portugal.

Sem contar com os mais de 6.500 mortos por covid-19 em 2019 (dez vezes mais do que os mortos nas estradas nacionais), só desde 1 de janeiro (14 dias), morreram mais de 1.500 pessoas devido à covid-19, muitas mais do que as 625 que morreram em 365 dias de 2019.

 

Juro que adoro o facto de se referirem a 2019…. um lapso Freudiano no seu melhor. Não só pelas provas que o virus circulava de facto em 2019, mas pela total falta de revisão ou qualidade de uma “revista de referência”……………

Depois o facto de confundirem mortos com teste positivo covid com causa de morte principal e única no caso dos acidentes. Para bacalhau meia bosta basta, não é?

“Se não há contágio dentro de casa, nem nos aviões, nem nos transportes públicos, nem na Suécia ou Dinamarca, por que motivo haveria em restaurantes?”

É verdade que não há contágios dentro de casa? Não. Um estudo do CDC, a autoridade dos EUA para o controlo de doenças, mostra que mais de metade das pessoas que vivem com alguém infetado são contagiadas. Mesmo o Governo português reconheceu que a maioria dos contágios que conseguiu rastrear tiveram origem em casa.

É também falso dizer que não se apanha covid-19 nos transportes públicos ou nos restaurantes. A verdade é que, em Portugal, 87% dos casos confirmados não se sabe a origem da infeção. Isto quer dizer que podem ter sido infetados nos aviões, nos transportes públicos, em casa ou no restaurante.

Ou seja, ser apenas “dos que conseguiram rastrear” não importa nada não é?…….. e o resto…..?

Ou seja, se afinal é em casa que se infectam, porque há então um “dever de ficar em casa”?

Acho um piadão que para dizer que é em casa não importa que na maioria não se sabe, mas para dizer que é fora, já se usa que não se sabe. Isto é um argumento genial! Se se sabe: é assim, se não se sabe, é assim também.

A SÁBADO fez os cálculos para perceber como acontece uma infeção em casa, nos restaurantes ou possivelmente nas escolas. Olhando apenas para um restaurante em que existe um infetado numa sala com dez clientes e dois empregados, e em que as portas estão fechadas e não há ventilação, sem máscaras ou qualquer outra medida de proteção, bastariam quatro horas para todas as pessoas dentro do restaurante estarem infetadas dentro do espaço.

Agora temos a revista nacional, internacional e até mundial de epidemiologia Sábadasno a fazer “os cálculos”. Se um estagiário sem matemática desde o nono ano fez os cálculos, não abram os restaurantes, ouviram?!

Testes PCR têm mais de 97% de probabilidade de resultar falso positivo”

Este rumor surgiu depois de um vídeo mostrar um médico irlandês a dizer que os testes PCR tinham a probabilidade de resultar num falso positivo de 97%.

Este “rumor” surgiu de multiplas publicações científicas e de alertas formais da OMS! Mas se a Sábado diz que foi de um médico Irlandês, quem somos nós, o estagiário é que sabe!

Estudos Covid19

 

“A taxa de mortalidade é inferior à da gripe sazonal “

É ainda impossível apurar a taxa de mortalidade da covid-19 já que o mundo se encontra a meio do combate contra a pandemia. Mas a afirmação de que é menos letal do que a gripe é falsa. A taxa de mortalidade por covid-19 em Portugal é, atualmente, de 1,4% dos infetados acaba por morrer.

Tanto o influenza como a covid-19 são doenças respiratórias e têm sintomas semelhantes, apesar de terem causas diferentes.

Mas olhando para dados concretos é fácil perceber o quão rebuscada é esta declaração. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), morrem entre 290 mil e 650 mil pessoas todos os anos devido à gripe. Entre janeiro de 2020 e este ano já morreram mais de dois milhões de pessoas devido à covid-19.

Os estudos dizem mesmo que a covid-19 tem uma taxa de letalidade três vezes superior à da gripe.

Adoro que “seja impossível apurar a taxa de mortalidade” para logo depois ir buscar um estudo com cálculo de mortalidade! A sério, senhor estagiário, não prefere dedicar-se à comédia, paga mais no fim do mês que uma revista na falência que atrasa sempre os recibos verdes.

Adoro que vá buscar dados de mortalidade Franceses. Adoro que diga que é mais mortal que a gripe, mas não apresenta a taxa de mortalidade da gripe! Acho piada que apresente mortos em absoluto de covid e gripe, mas não mencione a diferença radical de cálculo de ambas as estimativas de mortalidade absoluta – testes PCR  para covid versus estimativas de mortalidade em excesso para gripe

 

“Maioria dos infetados é assintomática”

De novo, a afirmação veiculada pelo dono do restaurante é incorreta. Como estamos ainda a meio da pandemia, os dados não são concretos, mas estudos preliminares apontam para que apenas 20% dos infetados por covid-19 sejam assintomáticos.

Isto quer dizer que os restantes 80% terão sintomas. Maior parte deles terá sintomas ligeiros (dores de corpo, cabeça, tosse, cansaço), mas uma parte necessitará de cuidados hospitalares, seja com internamento em enfermagem ou na unidade de cuidados intensivos.

Estamos a meio, mas vamos lá buscar dados que afinal não estamos a meio. Que dados são esses? Uma página web à sorte, escrita por outro estagiário de jornalismo que deixou a matemática no nono ano (não é só em Portugal)

 

 

 

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