É bonito ver jornalixo correr atrás dos estragos, a salvar a cara

O jornalixo desesperado por não deixar cair as mentiras na boca do povo. Desesperado.

Dizem que

No entanto, apesar da fiabilidade próxima dos 100%,…

Que parâmetro é esse “fiabilidade”? Nunca ouvi falar em tal. Conheço especificidade, sensibilidade, valor preditivo positivo e negativo, acurácia, dezenas de parâmetros de um teste. Mas não conheço nenhum “fiabilidade”. Como é calculado senhor jornalixo, preciso de uma aula de estatistixo.

O que é “próxima de 100%”? Eu acho que 70% é próximo. O meu gato diz que 99,999% não é. Eu acho que um teste para pernas partidas com 60% especificidade é “próximo de 100%”, mas um teste para HIV com menos de 99,999% não é nada próximo.

Ainda que os casos de falsos positivos em testes PCR sejam extremamente raros e muito provavelmente sempre associados a algum tipo de contaminação da amostra ou no processo de análise no laboratório.

O que é “extremamente raro”? 1%, 10%? 0,001%? E se multiplicar esse “extremamente raro” por “uma quantidade absurda de testes por dia”? Qual é o resultado dessa estatística de jornalixo? Já ouviu falar em prevalência? Já ouviu falar em 60 000 testes por dia em Portugal? Quantos falsos positivos existem em tal número de testes?

A taxa de falsos negativos – um teste que diz que não se tem o vírus quando realmente se tem o vírus – varia dependendo do tempo de infecção. Geralmente, a taxa de falsos negativos é mais elevada se o teste for realizado nos primeiros dias de infecção. A taxa de falsos positivos – ou seja, quantas vezes o teste diz que se tem o vírus quando realmente não se tem – será próxima de zero. Assim, tal como já referimos, a maioria dos resultados de falsos positivos deve-se a contaminação no laboratório ou outros problemas na forma como foi realizado o teste.

Já ouviram falar em prevalência? Como é que é possivel haver falsos negativos se não há um número relevante de reais positivos?

Pode ter resultado negativo se a amostra for colhida numa fase muito inicial da infecção e depois positivo durante a doença. Poderá também ser exposto à covid-19 após o primeiro teste e/ou estar numa fase muito inicial da infecção. No entanto, se o resultado for positivo, é bastante seguro que seja um verdadeiro positivo.

Já ouviram falar em valor preditivo positivo?

Mas, se existir um resultado negativo logo a seguir a um PCR positivo, é possível que o negativo seja um falso negativo.”

Porquê? Já ouviram falar em valor preditivo positivo? Já ouviram falar em valor preditivo negativo?

 “Por precaução, estes casos devem ser sujeitos às mesmas medidas de qualquer outro caso positivo.”

Porquê? Não há prova nenhuma de infeção relevante por assintomáticos! Onde está? O que são pessoas sem sintomas? Desde quando são doentes?

Os testes PCR são a mais fiável forma de detectar a infecção por SARS-CoV-2. Os estudos referem que estes testes têm sensibilidade e especificidade analíticas superiores a 95%, no entanto, não existe nenhum teste que possa ser considerado 100% exacto. Os testes PCR são o que temos mais próximo disso.

Mentira abjecta desesperada para não perder o focinho. Os testes PCR não são coisa nenhuma “mais próximo disso”. O que temos mais próximo “disso” é a cultura viral. Essa é o gold standard. O teste PCR é um teste sem qualidade nenhuma com os protocolos definidos para SARS – cov 2

Os segmentos alvo são cuidadosamente seleccionados para serem exclusivos do vírus SARS-CoV-2 e, portanto, ausentes de outro material genético.

Mentira abjecta desesperada para não perder o focinho. O número de alvos não foi escolhido com cuidado nenhum, são apenas 3 e podem existir em outros vírus corona. Não há qualquer experiência que prove a sua sensibilidade e especificidade em virus reais, foram todos escolhidos com recurso a bases de dados computacionais de adivinhas do que é SARS cov 2, sem que este tenha sido sequenciado à data da seleção.

 

Assim, ao abrigo dos critérios mínimos de ética jornalística, este artigo é um poio desesperado.

 

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