Da burrice vestida de bata

Para que percebam o buraco que cavamos. Isto são os “especialistas” que ditam as regras neste país. Burros chapados sem a mais remota noção de estatística. Isto é o resultado dos “médicos média 19” que muito marram mas nada sabem.

É porque o vírus está lá, não existem falsos positivos, isso é um mito“, garante ao JN Mafalda Felgueiras, patologista clínica de um hospital do Grande Porto.

Da burrice vestida de bata

 

Pois a “especialista” mais lisa que uma porta para justificar a inexistência de falsos positivos fala de …. sensibilidade (ao invés de especificidade que determina a taxa de falsos positivos). A justificação genial?! O teste é muito bom, mas a recolha é que não!!!!! Como se pudesse falar de qualidade de testes sem levar em conta a recolha! Admitindo preto no branco que os testes – com uma das métricas a 75% – é lixo puro. Não percebe que mesmo que seja 98% com a prevalência residual conhecida, o valor preditivo positivo é chocante de 10%. E usa claro uma formulação estatística muito boa “97% a 98%” ou seja, inventada, números tirados do rabo.

Mafalda Felgueiras nota que, apesar da sensibilidade do teste ser muito elevada (97% a 98%), a sensibilidade da amostra (colhida com a zaragatoa) é de 75%. “O que quer dizer que há 25% que nos escapam”, conclui. E se escapam – não é por erro na colheita e “a metodologia do INSA é igual às outras”, diz a médica – é porque o vírus nem sempre está no trato respiratório superior.

O surrealismo continua. Os testes rápidos são muito bons em doentes. Não precisa de colocar o “sintomáticos” senhora especialista. Se não tem sintomas não são doentes, não lhe ensinaram isso no curso de “reciclagem de desempregados para médicos” na universidade do Algarve. Se os testes rápidos são bons naquilo que interessa, doentes, então o resultado que tem valor clinico, é o resultado dos testes rápidos e o resultado de testes PCR é….. rufar de tambor….. falso.

A baixa carga viral do presidente da República também explica os dois resultados negativos dos testes rápidos. “Estes testes só são bons em doentes sintomáticos, com cargas virais altas”, refere a patologista clínica.

Ficando muito chateada que sejam feitas contra provas. Dizendo ela “critérios clinicos”. A ironia de mencionar critérios clinicos é tão deliciosa que dificilmente perceberá: Nunca ouviu falar de segunda opinião clinica ou contra prova, um direito basilar de todos os sistemas de saúde, muito menos ouviu falar de critério clinico que só um médico pode fazer diagnóstico e nunca com base exclusiva num teste, sempre com observação. Sem sintomas não há doentes.

Qual será a razão que não é desejável desacreditar os testes? Será que é a razão que paga os recibos verdes à patologista? Ia-se o dinheiro fácil, não era?

“não faz qualquer sentido”. A repetição de testes em tão poucas horas não segue critérios clínicos e só serve para confundir a opinião pública, numa altura em que não é desejável desacreditar os testes, defende a especialista.

Alguém que lhe envie esta tabela, da prova de não linearidade entre concentração/carga viral e resultado do teste. Pode ser que se cale com a “baixa carga viral”

Mais prova da absoluta ausência de critérios de qualidade nos testes

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