Qual o efeito prático de uma vacina covid 19?

Qual o efeito prático de uma vacina covid 19?As vacinas foram colocadas no mercado com decisões politicas alimentadas por “dados” de comunicados de imprensa de “eficácia de 90%”

Esses números são uma manipulação básica da estatistica de ensaios – tão básica que eu não tendo qualquer formação em estatistica de ensaios, a detectei: uso de risco relativo ao invés de risco absoluto.

Ou seja, perante uma redução de risco  absoluto de 0,002% para 0,001%, expressa-se em risco relativo de redução de 50%. Oculta o facto que o risco base é baixissimo e que portanto a vantagem conseguida é também ela residual.

Ora como podemos expressar melhor a eficácia de uma vacina? Com expressão do “número de tomas necessárias”. Ou seja, quantas pessoas tem que ser vacinadas para reduzir um caso ou um morto.

No caso da vacina da Pfizer e da Moderna, que foram vendidas com “eficácia de 90% e 95%”, o número de pessoas vacinadas para prevenir uma infeção é aproximadamente 200 (depende da vacina). Ou seja, 200 pessoas tem que ser sujeitas a uma vacina não aprovada e para a qual não se conhecem os efeitos secundários a longo prazo (se houver), 200 tem que ser cobaias, para que uma pessoa não seja infectada com uma doença com IFR abaixo de 0,1%!

https://www.bmj.com/content/371/bmj.m4347/rr-4 (Isto não é um artigo no BJM, é uma opinião)

Olhando para o número de tomas necessárias para evitar uma morte? Está acima de 1 000 000 (uma vez mais depende da vacina). Mais de 1 milhão de pessoas tem que ser vacinada para evitar uma morte associada com a doença. Dirão que “mas vale a pena”.

Agora vamos por tais números em contexto. Em Portugal a vacina tem o potencial de salvar 10 vidas!! Potencial….. 10 vidas. “mas todas as vidas contam”, dirão.

Agora vamos pensar nos recursos necessários à vacinação. São precisos hospitais, salaa, seringas, transporte e muitas mamas expostas. Com isso sobrevivemos bem. Mas são também precisos ENFERMEIROS,  e já temos muito poucos. São precisas milhões de horas de pessoas que não vão prestar outros cuidados. Vamos desviar ainda mais pessoas da prestação de cuidados “imediatos” para tentar potencialmente salvar 10 pessoas. Querem saber qual é o efeito de abandonar velinhos? 8000 mortos por falta de cuidados. Sabem qual vai ser a consquencia de desviar, digamos, 3 000 enfermeiros durante 1 ano para vacinar? Eu não sei, mas tenho a certeza estatistica absoluta que será um número de vidas perdidas muito superior às 10 pessoas potencialmente salvas.

Tal como o confinamento idiota, tal como as máscaras-açaime, apenas mais uma decisão absurda de tomar “medidas” e circo em seu redor sem que ninguém pese o custo e benficio. Perdeu-se toda a noção de proporção. Vamos matar na vã tentativa de salvar, uma vez mais.

 

P.S. A pedido de algumas pessoas com capacidade argumentativa, publico a estimativa.

A IFR da doença tem um intervalo de confiança de 0,01% a 0,2%.

Comecemos com uma  IFR pontual 0,1%. Por cada 1000  pessoas infectadas morre 1.

Para evitar uma infeção de uma pessoa trabalhemos que são precisas mais de 200 vacinações em valor pontual, ver acima.

Para evitar uma morte são precisas 200 * 1000 vacinas. Num mundo perfeito “exacto”. Em Portugal seriam salvas então 50 pessoas num mundo perfeito.

Mas há intervalos de confiança. O intervalo de confiança da IFR já está “fechado”. O intervalo de confiança da NNTV é gigantesco, porque o ensaio clinico de fase 3 de onde o estimamos é minusculo para uma vacina. Logo, o NNTV facilmente pode chegar a 1000, a 10 000 com o avançar da fase 3 e com o aumento do número de amostras. Se usarmos NNTV 1000 e IFR 0,1% temos 1 000 000 vacinas para evitar cada morto. Estimativas conservadoras.

Depois se adicionarmos as vacinas “desperdiçadas” ou seja, vacinas dadas a pessoas que já tem imunidade inata e cruzada ou que ja foram infetadas, e que já estão a ser levadas em conta na IFR, podemos estar a falar de NNTV de 10 000.

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