Putigrafo andou nas drogas pesadas. Alucinação total

O Putigrafo deve ter passado o fim de semana a celebrar o confinamento com cogumelos. Começa a semana com alucinação digna de Carol Lewis. Desta vez é colectivo, levaram os cogumelos para a redação, são duas estagiárias a partilhar a viagem aos confins da droga.

Putigrafo andou nas drogas pesadas. Alucinação total

Pois, diz o ilustre antro de mentiras que o número de testes não desceu durante o confinamento, que é falsa a afirmação que desceu. Até publicam o gráfico que demonstra preto no branco que desceu.

Pois como “conseguem” tal pirueta de contorcionista lambe botas?

Aldrabando as credenciais de um especialista e fazendo literalmente cherry picking de alguns dias de dados para tentar montar uma narrativa mais surreal que o surrealismo que os estagiários têm debitado.

Para começar, Ricardo Mexia não é epidemiologista. Ricardo Mexia é um cacique do PSD, candidato a juntas de freguesia e clubes de futebol, por acaso licenciado em medicina e com um curso de poucos meses de “saúde pública” nórdica que é focada na gestão e administração de recursos de saúde, não tem componente de epidemiologia digna do nome. Os estagiários pura e simplesmente atribuem títulos protegidos pela lei, as especialidades médicas são protegidas por lei dependente da admissão no respectivo colégio da ordem dos médicos – que nem sequer existe para a especialidade de epidemiologia em Portugal por falta de colegiais.

Reparem bem na falta de vergonha – para não mencionar de ética, moral e conhecimento básico – nesta sequência de ” de acordo com os dados ….. não é verdade que esteja a ser efectuados menos testes” seguido de um gráfico da fonte citada que demonstra inequivocamente uma redução dramática de testes. “Isto não é um pasquim lambe botas de uma narrativa, é um pasquim lambe botas de uma mentira”, dizem.

Putigrafo andou nas drogas pesadas. Alucinação total

 

Depois o mui experiente epidemiologista, que não o é sequer,  diz:

 “…se houvesse uma mudança no padrão de positividade, poderia ser um indício de que, de facto, houve uma mudança no padrão de testagem“. Porém, não foi isso que aconteceu. “O padrão de positividade já era muito elevado.“, afirma.

Claro que nunca lhe ocorreu que por exemplo, por exemplo, por exemplo mesmo, o padrão de positividade pode ser antes determinado por um teste de Valor Preditivo Positivo residual, por ter baixa especificidade numa doença de baixíssima prevalência. Que os 5, 10, 15% de positivos podem ser, antes de mais, a medida do erro do teste? Que perante uma quantidade completamente absurda de 60 a 80 000 testes por dia num país como Portugal a qualidade de testagem seja vergonhosa? Que não há qualquer controlo de qualidade, nem sequer de aferição de laboratórios antes de abrirem, suspensa explicitamente por decreto lei de Junho?

Não, nada disso ocorre aos mui nobres estagiários e especialistas que não são o que vendem ser. Nem sequer sabem o que é valor preditivo positivo, que uns não têm matemática desde o 9 ano e os outros são mui ilustres médicos em trono de marfim e não há conhecimento que lhes falte!

 

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