O governo determina situação de calamidade inconstitucionalmente, com a assembleia dissolvida, em modo de gestão formalmente impedido de tomar qualquer decisão relevante, ao arrepio de direitos humanos básicos. Uma aberração fétida de uma sociedade a desmoronar.
O que fazem os tiranetes que crescem como cogumelos?
Declaram na sua capela situação de alerta! Para poderem ter eles mesmos o poderzinho de ditar tudo a todos, pois a lei aberrante de “proteção civil” dá-lhes o poder de puros carrascos.
A aberração é total. O espírito da lei da proteção civil é que cada região afetada por uma acidente ou catástrofe, e apenas acidente ou catástrofe, não de “palermias”, declare situação de alerta/calamidade/contigência e se o problema se for agravando e espalhando, regiões cada vez maiores, até ao país todo, declaram o nível equivalente. De baixo para cima, com a evolução do fogo, do sismo, da tempestade, etc., etc., etc.
Estes tiranetes, fazem literalmente o inverso. O governo defeca uma coisa, têm de fazer a festa na capelinha. Não só não há acidente nem catástrofe nenhuma, logo não há lugar a qualquer “proteção civil”, como cada ditadorzinho puxa a brasa aos seus amiguinhos do poder.
Mais, pelo caminho de ditadores de leca e meia, transformam orientações e recomendações em “obrigações” ao não “isentar o cumprimento….. despachos anteriores”. Isso, os conselhos de amigo passam a ser lei na capelinha.
Cereja em cima do bolo? Ficam todos obrigados a cumprir a ordem do amigo do centro de saúde, do GNR e, chantili na cereja, do amigo comandante dos bombeiros uma instituição PRIVADA. Em alguns concelhos até o jornalista e o jardineiro são “agentes da proteção civil” e passam a poder mandar bitaites com força de “lei”. Genial!
Se não obedecerem, lembrem-se, multas para cima, que isso de tentar manter um negócio aberto e trabalhar é coisa para tótós. Deviam ter arranjado cunha na proteção civil. Até podiam ir mandar para casa dos outros e brincar ao bicho papão.
O texto é de uma CM em particular, mas são às dezenas ou mesmo centenas a fazer o mesmo. Um regabofe.
