Manaus: a capital da manipulação e falta de ética cientifica

Circula um estudo sobre prevalência de anti corpos em Manaus. Uma equipa foi fazer testes de anticorpos e encontrou 76% de pessoas que tiveram infecatadas e tem anticorpos.
Obviamente os cavaleiros do apocalipse, filhos de secretária de estado e vendedores de tudo e mais alguma coisa, não perdem tempo a anunciar que isso é a prova de qualquer coisa, que é o fim da imunidade de grupo, que estavam sempre correctos e a doença é perigosissima.

Só que há um pequeno detalhe. O estudo não foi feito para descobrir ou medir, foi feito para tirar os resultados que os autores queriam.
Há uma manipulação grosseira e abjecta do estudo, e não compreendo sequer como foi publicado. Os autores decidiram alterar o limiar de “positivo” do teste usado, ao arrepio do fabricante!!!!
Isso mesmo, acharam que o teste não ia dar os resultados que queriam, então baixaram o limiar de de positivo para menos de 1/4 do que o fabricante indica. Assim encontraram o fim do mundo que queriam.
Isto é uma manipulação descarada, vergonhosa, nojenta. O valor do estudo é igual a estrume de cavalo doente. ZERO.

Dizem que os autores que é para “melhorar o teste”, e usam amostras de sangue de 2019 para provar a “qualidade” do “novo teste”…. ignorando olimpicamente e sem vergonha os indicios e provas que o virus já circulava em 2019 no Brasil.

Mesmo que de facto houvesse tal percentagem de anticorpos, a expressão de um estudo numa única cidade, para mais em condições ambientais e de saúde sem qualquer representatividade para o resto do mundo – Amazónia profunda num país sem sistema de saúde robusto – é igual ao litro. Pouco ou nada poderia sequer ser extrapolado.

Mas é apenas manipulação grosseira. A juntar aos testes PCR que dão 100% de falsos positivos e protocolos publicados de um dia para o outro.

Because specificity was high, with only one false-positive result in 821 pre-epidemic donations from Manaus (Fig. 1A), we also attempted to improve assay performance by reducing the threshold for a positive result from 1.4 S/C (as per the manufacturer) to 0.4 S/C. This resulted in 27 false-positives and a specificity of 96.7%, but substantially improved sensitivities at this threshold as shown in Fig. 1A and table S1.

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