Os testes PCR são repetidos 3 vezes? Isso impede falsos positivos

Alguns protocolos de teste PCR, mas não todos, levam à repetição do ensaio 3 vezes. Não é o teste como um todo que é repetido, é apenas o ensaio PCR, apenas a coloção da amostra no equipamento e leitura de um resultado que é repetido.
Mas isso não altera a percentagem de falsos positivos.

O protocolo como um todo, seja 1, 2,3 ou 30 repetições do ensaio, tem uma sensibilidade e especificidade publicada pela laboratório. O conjunto de todos esses ensaios e procedimentos tem especificidade do teste de 97% – não sabemos ao certo a especificidade, há um obscurantismo total sobre tais valores, nem INSA, DGS, Min Saude publicam dados sobre tal quando pedido. Sobre essa especicificidade então aplicamos o teorema de Bayes e com prevalência de 1% temos que 75% dos positivos são falsos.
Portanto o número de ensaios não é relevante porque já está incluido nas estimativas de especificidade do teste que depois são usadas para estatistica de testes com base em prevalência, usada no cálculo de valor preditivo positivo do teste.

Haveria relevância se o teste como um todo, desde a recolha até ao resultado final com especificidade 97% fosse repetido. Aí sim, haveria mutliplicação das probabilidades e redução da margem de erro. Isso sim seriam testes INDEPENDENTES.

O problema essencial é que uma das maiores fontes de erro é a contaminação de amostras, reagentes e equipamento.
Ao fazer três repetições do teste com a mesma amostra, no mesmo equipamento, mesmo laboratório e com mesmos reagentes não se elimina a maior fonte de erro. Para tal é fundamental fazer variar pelo menos dois factores:

  • Amostra diferente em local de recolha diferente
  • Amostra diferente em momento diferente
  • Teste em laboratório diferente
  • Teste com técnica laboratorial diferente

Quando o mesmo laboratório repete um ensaio sobre a mesma amostra, não está a variar nada de significativo e portanto não são eventos estatisticamente independentes.

Portanto, não, a percentagem de falsos positivos é dantesca. Rondará mais de 90% porque a prevalência é baixissima, residual, irrelevante. Abaixo de 0,1% como comprovado por testes LFT na Eslováquia, em Liverpool, nas universidade britanicas e pelo estudo de serologia do IMM que encontrou apenas 2% de anticorpos acumulados ao longo de vários meses.