Depois de dezenas de peças a indicar conteudos como “falsos”, incluindo alguns conteúdos meus, o Poligrafo é obrigado a admitir os dados nus e crus, a efabulação que tem alimentado.
Depois de meses a destruir o alcance das minhas – e de muitos outros – páginas e públições com “falsos” martelados para lamber as botas ao poder – o jornal é do grupo impresa, cujo director é irmão do primeiro ministro.
Perante dados inquestionáveis apresentados agora por António Ferreira, médico internista e antigo director de serviço de um dos maiores hospitais do país, o poligrafo faz a cambalhota e dá a sua verdade por mentira, a sua mentira por verdade. Durante meses exactamente os mesmos dados, da mesma fonte, portal da transparência do SNS, foram classificados como “falsos” “imprecisos” e usados para silenciar quem já dizia isto há mais de 6 meses, quando o poligrafo e restante jornalixo se limitava a repetir uma narrativa acéfala. Há meses que dizemos que os dados formais e oficiais não apontam para qualquer ruptura do SNS, não aponta para qualquer necessidade de “salvar o SNS” mas sim para a urgente necessidade do SNS ser o que é, e ser o SNS a salvar as pessoas.
Não há um pedido de desculpas, não há o mais remoto esforço destes personagens servis ao poder em reconhecer o erro, em comunicar às plataformas que cometeram erros grosseiros e que a voz de quem o disse primeiro deve ser levada em conta como cientistas que são. Nada. Armam-se em donos da verdade, mentem descaradamente e perante a prova da sua mentira, não tentam recompor a borrada que fizeram. Nada.
Entretanto o estagiário que fez o “servicinho” já acabou o recibo verde, já não há memória, já não há cara, já não há vergonha. Os editores e directores são apenas figuras de corpo presente que fazem ouvir a voz do dono.
Os dados, estes agora novamente apresentados, e os obtidos recentemente por Pedro Almeida Vieira sobre ocupação das UCI na ARS norte são cristalinos: Nunca houve risco de ruptura de serviço nenhum. Foram as medidas asininas que mataram por cancelarem milhões de actos de cuidado de rotina. Estamos perante um crime de proporções Dantescas.