Jorge Torgal argumentou ser “ilusório pensar que vamos controlar a epidemia com as medidas que estamos a tomar”.
Crítico do papel da comunicação social nesta pandemia, considera que o alarmismo só alimenta a irracionalidade no combate à crise sanitária. Continua também a defender que as escolas não são o principal foco de infeção (posição que lhe valeu muitas críticas em março do ano passado), não obstante tenha admitido o lado útil do seu encerramento para diminuir a transmissão. “Vamos ter problemas sociais graves, de desenvolvimento das crianças, de saúde mental e também consequências económicas muito relevantes”.
O quadro desta epidemia não excede o quadro doutras epidemias que se vivem no mundo e que não levam ao encerramento da sociedade. As medidas tomadas na generalidade dos países, de encerramento da sociedade, têm consequências muito graves – gravíssimas no meu entender – porque isto leva a uma paralisia dos sistemas de saúde e do seu funcionamento normal e, em consequência, a uma acréscimo de mortes muito grande por outras patologias.