Poligrafo a engolir sapos

Parece que perante o boletim de alerta da OMS para falsos positivos o poligrafo não podia continuar o seu negacionismo oportunista de cliques. Lá teve de mandar a estagiária de Letras escrever sobre estatistica avançada. Lá tem que engolir sapos.

O resultado é o lixo habitual. Perante dados objectivos, continuam com a tentativa desesperada de negar a realidade e manter a lenga lenga de medo.

Começam logo por demonstrar a incapacidade total de compreender conceitos estatisticos. Não surpreeende, são estagiários a escrever sobre temas dos quais itencionalmente fugiram no nono ano da escola – matemática.

O valor intrínseco da especificidade e da sensibilidade é afetado pela prevalência da doença na população.

Este é um erro crasso, escandaloso, totalmente inaceitavel de quem se quer “dizer o que é verdade”. Isto é burrice estatistica no seu esplendor máximo. A especificidade e sensibilidade são caracteristicas intrinsecas de um teste, não são afectadas de forma nenhuma pela prevalência. A prevalência afecta o valor preditivo positivo (VPP) e negativo (VPN) de um teste!!! Isto devia levar o poligrafo a retirar todos os textos desta estagiaria sobre covid por manifesta incompetencia.

Depois, perante a total incapacidade de compreender o básico do que escrevem, vão perguntar a Vasco Barreto sobre os testes. Vasco Barreto é o beneficiario de perto de  100 000 euros de bolsas de investigação publicas para “desenvolver testes PCR“. Obviamente que o lobo nunca vai dizer que come cordeiros.

Qual o argumento de Vasco Barreto?

“este aviso seria um pouco extemporâneo se a Covid-19 fosse uma infeção normal, pois a prevalência da Covid-19 ainda se mantém alta em muitas regiões do globo”.

Que a prevalência é alta. Dados para tal? Zero. Se o senhor vendedor de testes PCR diz que é alta, a estagiária acredita e não questiona. O que dizem os dados? Exactamente o contrário. Testes populacionais na Republica Checa, em Liverpool, encontram prevalências muito abaixo de 1%, uma prevalência residual que atira as percentagens de falsos positivos para os 75%, o valor preditivo positivo para 25%. Ou seja para cada 100 testes positivos, pelo menos 75 não tem qualquer infeção. Nem uma nota da estagiária, nem uma referencia a valores de prevalencia. Nada. A palavra sagrada de quem ganha dinheiro com os testes.

Qual a prevalência em Portugal? Segundo o IMM que fez um teste de serologia – não são testes PCR – menos de 2% da população Portuguesa esteve infectada desde Março – ou desde que o virus chegou. Significa que a prevalência num determinado momento (aquela que interessa para os cálculos de VPP de testes PCR e rápidos) – e não o acumulado de todos os infectados que os testes serológicos medem – é residual, muito abaixo dos 0,1%. Se dividirmos 2% de serologia positivia pelo número de semanas desde Março, temos uma estimativa muito básica da prevalência em cada semana. Ou seja o valor preditivo positivo dos testes em Portugal é medonho, inúteis.

Depois dão escrita a Miguel Castanho

E é verdade que testes em laboratório dizem que quando muitos ciclos são necessários, geralmente a amostra já não é contagiosa. A OMS pode estar a integrar no aviso este conhecimento relativamente recente

Recente? Conhecimento recente? Meu caro “especialista” se só descobriu agora, não torna o conhecimento “recente”. Torna é a sua ignorância atroz. Isso sabe-se do teste PCR desde que foi inventado. Foi o próprio inventor a alertar para a extrema sensibilidade do teste PCR para cargas virais irrelevantes do ponto de vista clinico! Assim se espelha cristalinamente porque é que “não sabemos nada sobre o virus”. Estamos nas mãos de “especialistas” mais octogonais que uma porta.

A conclusão em jeito de difamação e de meter o diapasão a vibrar com a lenga lenga não podia faltar

Contudo, importa ressalvar que a prevalência da doença em Portugal ainda é alta, pelo que as teorias de que estamos perante uma pandemia de falsos positivos não fazem sentido.

Reparem no “as teorias de”. A subtil manipulação para que sejam “teorias da conspiração” o rótulo fácil colado por estagiários para o que não compreendem. Porquê não fazem sentido? Porque a prevalência é alta, dizem. Sem um único dado objectivo para substanciar, em arrepio total aos dados objectivos conhecidos de serologia e de testes populacionais em outros sitios onde nos prometeram que “era muito alta, tem que ser tudo fechado” como Liverpool.

Perante tal incompetência técnica dos estagiários do Poligrafo, perante a total incapacidade de questionar factos básicos e a crença cega na narrativa e nos seus Apóstolos – é de uma religião que se trata  – a única atitude digna ao Poligrafo é parar imediatamente com tais tentativas vergonhasas de ditar a verdade e retirar todos os artigos que publicou até hoje, por serem manifestamente FALSOS.

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