Jornalixo obrigado a marcha atrás

O jornalixo Público viu-se forçado a marcha atrás e dar espaço à defesa de Dr. Pedro Girão a quem vergonhosamente e cobardemente censuraram um artigo de opinião depois de publicado. Publicam agora a resposta mais que digna, devida e unicamente em sinal de decência residual. Mas publicam com uma nota da direção com tantas palavras como o espaço que foram obrigados a ceder a Pedro Girão. Não há outra peça de opinião nos 30 anos do jornal com tal “apêndice”. Fazem de conta que dão direito de resposta e defesa do bom nome do autor, ao mesmo tempo que subvertem com a sua propaganda e justificações absurdas da seu acto de censura.

Indigno. Deveriam unicamente ter dado espaço para a resposta devida sem a tentar subverter e sem tentar vergonhosamente defender a sua atitude ditatorial.

Receberam ordens de censura pela clique instalada, obedeceram em nome dos 30 000 000 que vão mendigando ao governo.  Perante o insulto público e indignação da censura, tiveram de fazer de conta que se preocupam com expressão e debate, mas não conseguiram ficar calados e admitir o erro. Tiveram de insistir na defesa da censura nojenta, tiveram de fazer de conta que foi “por razões” que censuraram. Nunca poderão admitir serem um bando de vendidos, pedintes de esmolas dispostos a vender tudo e todos em nome da sua sobrevivência.

A direção da cloaca tem a coragem dos desavergonhados de dizer

O que este excerto sugere é que a vacina pode pôr em causa a vida das crianças. Nenhuma evidência científica autoriza esta conclusão.

A direção de um pasquim, sem qualquer formação científica, perante prova inequívoca de efeitos secundários em número aterrador e em gravidade elevada, perante reconhecimento formal de miocardites em jovens em consequência direta da vacina……. diz que nenhuma evidência autoriza!! Estes personagens a falar de evidência científica e a usar o verbo autorizar. A expressão última da arrogância, da prepotência e do perigo real para a sociedade que estas cloacas disfarçadas de redações se tornaram. Julgam-se donos da ciência e da autoridade da verdade! São estas cloacas que querem definir o que é evidência científica e o que é autorizado dizer. Julgam e condenam à censura com base na sua ignorância estatística, cientifica, do alto do seu “sugere” e do seu “autoriza”. Um nojo sem fim. Censuram com base no que acham que diz, censuram sem saber o que é teorema de Bayes, censura porque autorizam. Um nojo sem fim.

https://www.publico.pt/2021/09/06/opiniao/opiniao/unanimismo-produto-toxico-1976500

Jornalixo obrigado a marcha atrás

 

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https://www.publico.pt/2021/09/06/opiniao/opiniao/unanimismo-produto-toxico-1976500

Unanimismo, um produto tóxico

As boas notícias são que o PÚBLICO não defende o unanimismo e continua do lado da democracia e do pluralismo – e a publicação deste meu texto de hoje é a melhor prova disso mesmo.

1 – Nos últimos meses tive o privilégio de publicar cinco artigos de opinião no PÚBLICO – o meu jornal de referência desde o seu aparecimento, em 1990. Todos eles exprimiam opiniões alternativas em relação ao mainstream médico, mas todos eles foram aceites sem hesitações pelo jornal. Com o passar do tempo, percebi com satisfação que agradava ao PÚBLICO essa minha postura alternativa e questionadora, talvez porque a exprimia com os limites mínimos de coerência e de elegância formal. Mas eu sabia que neles existia a semente da polémica e, talvez por um excessivo escrúpulo, acompanhei sempre as minhas propostas com expressões do género “veja se poderá interessar” ou “peço o favor de avaliar se tem interesse e qualidade suficientes”. Neste contexto, e também porque decorreram seis dias entre o envio e a publicação, creio de que essa minha última crónica foi aprovada pelo quadro editorial do jornal com o mesmo crivo e zelo editoriais que haviam já aplicado aos meus artigos anteriores.

2 – Menos de 24 horas e mais de 2000 partilhas depois, fui informado que o texto tinha sido “despublicado”, uma decisão que foi acompanhada de uma nota editorial apontando duas razões, sendo uma delas “o tom desprimoroso e supérfluo usado pelo autor em relação a várias personalidades da nossa vida pública”. Ora esse tom foi exactamente o mesmo das minhas crónicas anteriores, e as ditas personalidades, pertencentes a cargos de responsabilidade e visibilidade públicas, estão sujeitas ao escrutínio, avaliação e crítica – desde que devidamente balizados pelos princípios de liberdade de expressão que sustentam uma sociedade democrática. Por outro lado, o PÚBLICO tem nas suas páginas, frequentemente e desde sempre, apreciações igualmente “desprimorosas” acerca dos mesmos ou de outros actores políticos. Entendamo-nos: a justificação do “tom desprimoroso” não faz qualquer sentido – a não ser que o jornal tivesse mudado a sua linha editorial nesse mesmo fim-de-semana.

3 – A questão não foi pois o tom, foi o conteúdo. E a única novidade do conteúdo foi a minha tomada de posição contra as vacinas Covid na faixa etária dos 12 aos 15 anos. Sublinho: “na faixa etária”. A minha página do Facebook é pública: sou publicamente pró-vacinas. Nunca me manifestei publicamente nem sequer expressei dúvidas acerca das vacinas Covid nas outras faixas etárias (embora saiba que se tratam de vacinas aprovadas com carácter de emergência, havendo portanto um risco potencial de efeitos negativos a médio/longo prazo), precisamente para não transmitir a ideia de ser anti-vacinas, uma ideia que me repugna. E não fui nem sou, muito longe disso, o único médico a manifestar-se contra o referido caso particular da vacinação Covid. Assim, resulta no mínimo estranho que a nota editorial do PÚBLICO julgue intolerável que eu negue “o relativo consenso científico”. A palavra “relativo” descreve o âmago da questão melhor do que um longo discurso – e não fui eu que a usei. Se não é possível nem tolerável discutir um “relativo consenso”, que ciência é esta? Que espaço público é este? Que democracia é esta? O oposto do debate é o unanimismo, e nele se encerra a semente do totalitarismo.

4 – O PÚBLICO podia ter recusado o meu artigo, mas não o fez. E ao “despublicar”, com os argumentos apresentados, dá azo a que surja a perturbadora noção de terem existido pressões externas superiores para o fazer. É essa a conclusão mais evidente – apesar de poder não ser a verdadeira. Eu prezo muito o PÚBLICO, a sua qualidade e o seu pluralismo. Logo no seu início (há 30 anos!), agradou-me o facto de haver uma coluna chamada O PÚBLICO errou. E sim, neste caso o PÚBLICO errou: não se pode transmitir tão claramente, diria até tão escandalosamente, a ideia de que “as políticas públicas” são sagradas, de que o seu debate é proibido, de que um qualquer “relativo consenso” é indiscutível e tem de ser unânime. O unanimismo é um produto tóxico, porque antecipa o fim da democracia. Uma democracia saudável necessita de liberdade de expressão e necessita de um jornalismo forte e independente. Neste caso, o público esperava mais do “Público”. As boas notícias são que o PÚBLICO não defende o unanimismo e continua do lado da democracia e do pluralismo – e a publicação deste meu texto de hoje é a melhor prova disso mesmo.

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