O que são ciclos dos testes PCR?

Os testes PCRhttps://andre-dias.net/faq/o-que-e-um-teste-pcr/– são desenvolvidos num laboratório/instituto/universidade para um determinado vírus. Os cientistas de desenvolvimento devem recolher um número de amostras garantidamente positivas e negativas e repetir o teste PCR com diversos protocolos/passos de testagem até encontrarem os parâmetros e valores que assegurem os melhores resultados.
Devem definir as temperaturas de processamento das amostras, as diluições, os limiares de deteção para ser positivo e devem também definir quantos ciclos de multiplicação/replicação do material genético devem ser feitos.

A cada ciclo a quantidade de material genético duplica e no fim usa-se um reagente para detetar esse material.

Se o número de ciclos de amplificação for muito baixo no passo final o reagente não deteta nada, porque não há quantidade suficiente de material replicado. Se o número de cíclicos for demasiado elevado o reagente irá detetar material que “não existia” em quantidade relevante na amostra do doente mas que foi multiplicado tantas vezes que passou a ser detetado.

Para se saber se o material detetado com determinado protocolo/passos de um teste representa uma infeção, podemos usar a amostra do doente, fazer o teste PCR e obter o resultado e ao mesmo tempo colocar a amostra em cultura in vitro, tentar infecta com a amostra algumas células. Se o teste PCR indicar positivo e as células não apresentarem qualquer sinal de infeção ao fim de algum tempo, sabemos que o PCR provavelmente amplificou demasiado e detetou material que já não representa vírus capazes de causar doença.

Vários estudos indicam que acima de 35 ciclos de amplificação os resultados positivos são apenas em 8% dos casos para amostras capazes de infetar. Ou seja, são positivos para material genético incapaz de infetar – ou contaminação da amostra ou do próprio reagente – são positivos sem valor clinico.