Os testes PCR de detecção de SARS cov 2 são fiáveis?

Não, de forma alguma.

Devido à baixíssima prevalência da infeção, abaixo de 0,7%, o valor preditivo positivo dos testes é residual, quase nulo.
O número de falsos positivos é esmagador em tais condições, atingindo 90% de falsos positivos, ou seja, o valor preditivo positivo é apenas 10%. Perante um teste positivo a probabilidade de não ter doença é de 90%. Com testagem em larga escala, em rastreio, com 20, 30 ou 50 000 testes por dia em Portugal, estamos a causar a destruição social e económica a milhares de pessoas todos os dias que não tem, não tiveram nem terão qualquer infeção.

O British medical journal, uma das referências mundiais em medicina, publicou um simulador excelente. Com a prevalência mínima que o simulador aceita, 1%, ainda que muito acima da prevalência real na população e especificidade de 97% – mais elevada que os valores aceites pelo infarmed – 75% dos resultados positivos são falsos.
https://www.bmj.com/content/369/bmj.m1808

Um consórcio de cientistas com extensão experiencia em biologia molecular e laboratorial reviram e pedem a retração do protocolo de teste PCR publicado em Janeiro por Drosten et al por manifesta falta de qualidade e conflitos de interesse gigantescos.
https://cormandrostenreview.com/report/

A comparação de testes PCR com o o gold standard/padrão de ouro de cultura do vírus em vitro encontra pouquíssima correlação entre teste positivo PCR e capacidade de o vírus se replicar logo de causar infeção.

Numa comparação de PCR com amostras previamente identificadas como positivas e negativas, dois dos protocolos de teste usados obtiveram resultados positivos em TODAS AS AMOSTRAS NEGATIVAS. Isto é um nível de qualidade inaceitável, vergonhoso, no limar de criminalidade por fraude cientifica.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7355678/