“Sobre os testes do Presidente da República
Dispensávamos este circo, mas aconteceu. Os que estão pela compreensão da questão ouvirão os peritos, os restantes aproveitarão para confabular teorias da constipação, e todas as visões paralelas da realidade, e isso é perigoso, porque paga-se em vidas, em atraso da recuperação económica, e da nossa alegria de viver.”
Não dispensavamos não! O PR veio servir de exemplo último do que muitos alertam há meses incluindo a própria OMS, o BMJ, o The Lancet. Falsos positivos em elevadissima percentagem em cenários de baixa prevalência. O Douto Carona é que sendo um negacionista fétido da ciência a quem importa exlcusivamente promover os seus livrinhos “humanitários” não pode admitir não saber um chavelho de estatistica de testes.
“Premissas a ter em conta:
– Há 20-30% das pessoas que têm infecção assintomática. Ou seja, têm contacto com o vírus, têm seropositividade, mas não se apercebem de qualquer sintoma (tal como no HIV, VHB e VHC, p.e. nas fases inciais)
– Não há testes falsos-positivos. A especificidade dos testes PCR é cerca de 99% , o que quer dizer que o teste quando dá positivo identifica sem margem para dúvida (razoável) a presença de genes do vírus no corpo.
– A doença tem uma fase de virémia que vem depois da incubação, que dura cerca de uma semana (pode ser mais nos casos mais graves) e é nesta fase que temos mais vírus no corpo.
– Depois da fase de virémia, já não estamos contagiosos, mas podemos ainda ter pedaços do vírus no organismo, que fazem com que a pessoa tenha o teste PCR positivo, mas pode estar curada, se esteve sintomático. Vimos isto na 1ª vaga inúmeras vezes. Pessoas após a infecção terem ficado curadas, mas tinham durante muito tempo testes positivos. Nesta altura até se pedia dois testes de cura negativos. E vimos muitos (ex) doentes a ter um teste negativo e depois positivo, ou ao contrário. Mas isto não é um falso-positivo. Seria um falso-positivo se a pessoa nunca tivesse tido contacto com o vírus. Daí que testar assintomáticos seja sempre um exercício difícil.”
Se eu tiver como premissa que o céu é cor de rosa, também provo que é cor de rosa. Chama-se dogmas.
Não há nada 20-30% das pessoas assintomáticas. São 87% a 97%, pessoas que sendo “casos” ficam em casa sem medicação, sem sintomas, sem nada. Primeira invenção Caronesca.
Há testes falsos positivos, a própria OMS já alertou explicitamente. Segunda invenção Caronesca. Ondé é que está a evidência cientifica de especificidade acima de 99% Caronesca? Não, comparar um PCR com outro PCR não é evidência científica, é fraude. Qual é o papel da prevalência nisto tudo? Já ouviu falar em valor preditivo positivo alucinado Caronesco?
Onde está a prova que é na fase virémica que tem mais virus no corpo? Qual é a importância de ter mais ou menos virus no corpo se poucos são expelidos para contagiar e se não causam sintomas? Terceira invenção Caronesca.
Se a pessoa está curada o resultado é FALSO POSITIVO. Tenha dignidade de não deitar séculos de prática clinica ao lixo. Eu sei que hoje se estuda medicina porque o pai é médico e assim obriga, mas tenha decoro para quem lhe criou a “ciência” durante séculos para ir marrar com média 19 de colégio privado. Quarta invenção Caronesca:
“Quando há 1 teste PCR SARS-CoV2 positivo temos a certeza que a pessoa já teve contacto com o vírus, mas só saberemos em que fase da doença está, se teve sintomas.”
Vá estudar valor preditivo positivo. Não diga disparates com essa cara. Quinta invenção Caronesca. O teste PCR não é um teste serológico para estudos epidemiológicos, é um teste CLINICO! É um teste complementar de DIAGNÓSTICO, aventesma médica. Saber se alguém esteve em contacto com o virus é irrelevante e causa a destruição de países. Como é que é possível um médico a exercer diariamente não saber o que é clinica e epidemiologia!?!!
“(Existem sim, falsos-negativos. Ou seja, doentes com sintomas, com alterações nas análises e na TAC Torácica características, em que 1 teste vem negativo, embora se venha a confirmar por um outro teste que efectivamente se trata de infecção por SARS CoV-2. Mas os falsos-negativos, não interessam muito para compreender o caso do Presidente).”
Sexta invenção Caronesca. Vá estudar a prevalência da infeção. Como é que pode haver (muitos) falsos negativos se não há reais positivos? Se a prevalência é 0,1% – como provam os inquéritos serológicos e os testes rápidos em Liverpool, Eslováquia e Vila do Conde – como é que pode haver (muitos) falsos negativos se não há pessoas infectadas para o teste se enganar e dizer que é negativo?!??! Quando é que estas personagens obscuras oportunistas vão aprender que se há margem de falsos negativos alta – 100%- sensibilidade – isso não importa se a prevalência é residual? Que a taxa de falsos negativos é o menor entre margem de falsos negativos (100% – sensibilidade) e da prevalência? Que com uma sensibilidade de 95%, há 5% de margem de falsos negativos, mas a prevalência é de 0,1% logo a taxa de falsos negativos é apenas de 0,1%!
“O Presidente, não tendo nos últimos tempos referência a qualquer sintoma, torna-se difícil interpretar o timing do contacto com o vírus, mas que teve, teve. E daí, um dos grandes desafios desta pandemia.”
Vá estudar valor preditivo positivo antes de emitir tais afirmações falsas. Sétima invenção Caronesca.
“Aproveitar este “episódio” para desacreditar a comunidade científica é um exercício de pura má-fé. Ou então, acham que temos mais de 4 200 doentes a fingir que estão doentes, e 600 dos quais a fingir que estão a morrer nos Cuidados Intensivos, e claro todos os profissionais de saúde a fingir que estão a fazer o trabalho que sempre fizeram.”
Emitir tantas aldrabices ignorantes em tão pouco tempo é que é desacreditar a comunidade científica. É usar uma bata branca para se fazer passar por sabichão sendo um néscio chocante.
Quando é que esta gente vai perceber que os 4 200 doentes com covid são “doentes com covid” por causa exactamente de um teste positivo, com valor preditivo residual?!!!???!!! Que estão internado por mil outras causas – diabetes, cardíacas, acidentes – e que têm unicamente um teste positivo!
Os profissionais de saúde não estão a fazer o trabalho que sempre fizeram, nisso concordamos. Uma esmagadora maioria está a fazer muito menos trabalho: não há consultas, não há operações, as urgências estão vazias. A outra parte anda a tratar uma gripe como ébola, e anda a vestir EPP como lunático, a gerir camas para separar covid e não covid e a telefonar a falsos positivos para lhes tirar a liberdade. Estes média 19 nunca vão perceber nada além do que marraram!
“Podem dar as voltas que quiserem ao tema. A razão pela qual temos que confinar (na minha opinião, claro) não tem a ver com o número de casos positivos por dia , mas sim o gigantesco número de internamentos de doentes Covid que estão em risco de vida se não tiverem cuidados hospitalares, e o que estes números de doentes obrigam a condicionar no tratamento de uma série de doenças não-Covid, em particular as que causam risco de vida iminente.”
Podem inventar mil Caronescas que quiserem, desde que no final do mês recebam o suplemento covid de 50% do salário estão felizes.
“Está a acontecer em todo o mundo, e até a Suécia vai para confinamento. Os organismos de saúde nacionais, europeus e mundias têm o aconselhamento de TODA a comunidade científica, que se questiona, discute, e de uma forma consesual e colegial informa todas as pessoas que estejam disponíveis para ouvir.”
Esta é pura e simplesmente MENTIRA. Não é invenção, é mentira. Mente com todos os dentes. Não há indicação nenhuma, nem nas alucinações destes mentirosos que a Suécia vá para confinamento!
A comunidade científica toda! Diz o aldrabão sem focinho. Nunca ouviu falar de John Ioannidis o epidemiologista mais citado do mundo. Mas para ele não há falsos positivos. Bem que pode inventar a décima Caronesa.
“Ser sensato e acreditar em quem sempre fez ciência e olhou pela nossa saúde, ontem, hoje e sempre, é um exercício de enorme inteligência.“
Ser sensato é não destruir a vida a milhões de pessoas com medidas fétidas nunca provadas, sem qualquer prova de efeito, apenas para se promover e os seus livrinhos da treta “humanitaristas”
Vá bugiar, oportunista.